Passei a maior parte da minha vida em busca do “grande barato”. Tentei de tudo: drogas, bruxaria e festas rave. Mas, no final, foi Jesus Cristo quem me deu o maior barato de todos. A minha vida era dramática, perigosa e, às vezes, uma montanha-russa que, muitas vezes, quase me matou. Participei de rituais satânicos, fui sem-teto, traficante e já tive revólveres apontados à minha cara. Mas agora sou um cristão nascido de novo, trazido a Cristo pela Família Internacional.
Em retrospectiva, vejo que tive uma vida totalmente louca. Não sei como sobrevivi. Sabia que alguém cuidava de mim e que era protegido de forma sobrenatural, mas, somente depois de conhecer alguns missionários da Família Internacional que compreendi que quem sempre cuidou de mim foi Jesus.
No final de minha adolescência, eu era viciado em ecstasy, frequentava festas rave onde dançava por horas e horas. Eu adorava a experiência espiritual que o ecstasy me dava, achava que era o Céu na Terra. Não demorou muito e eu estava andando com grandes traficantes e criminosos. Não entendia muito bem no que estava envolvido e levava tudo na brincadeira. Logo aprendi, da maneira difícil, que as pessoas do crime organizado não são nada amigáveis.
Depois de pouco tempo, meus novos “amigos” espalharam boatos a meu respeito para uma gangue rival, que decidiu me matar. Foi a experiência mais assustadora da minha vida. Eu tinha apenas 21 anos e não queria morrer, mas, na época, a guerra das drogas em Melbourne já tinha matado mais de 20 pessoas, e eu estava marcado como um dos próximos alvos.
Decidi então sair do país. Fui para Israel, porque desejava levar uma vida sadia. Queria servir a Deus em vez de estar envolvido com drogas, então me alistei como voluntário para a Força de Defesa de Israel. Mas logo fiquei desiludido com a situação e voltei para a Austrália.
Fui para Sydney, na esperança de que ali estaria a salvo, mas não tinha dinheiro nem onde ficar. Comecei a morar nas ruas, dormir nas praças, trens e albergues. Venho de uma família de bom poder aquisitivo, e nunca imaginei que me tornaria um sem-teto. Mas ali estava eu, vivendo nas ruas.
Vivi assim por mais ou menos um ano, até que consegui me organizar e arranjar um emprego. Comecei a ganhar bem e parecia que tudo ia melhorar, mas meus colegas de trabalho eram muito superficiais. Eles só falavam de trivialidades e viviam tentando impressionar os outros com o que possuíam e com todos os seus aparelhos eletrônicos. Apesar de eu ter saído das ruas e aparentemente me saindo bem, sentia que faltava algo.
Depois de um tempo trabalhei em um escritório, comecei a me interessar por conceitos espirituais e o verdadeiro significado da vida. Envolvi-me com bruxaria e entrei para algumas organizações de ocultismo. No entanto, logo percebi que no ocultismo eles lidavam com os espíritos errados, e que a bruxaria e o ocultismo não me traziam satisfação. Decidi me desligar do ocultismo, pois estava começando a se envolver demais na minha vida pessoal.
Quando Deus viu que eu estava começando a me desiludir com o ocultismo, enviou um cristão para me falar de Jesus. Ele se chamava Chris, um missionário da Família Internacional. Gostei muito dele e nas semanas que se seguiram ao nosso primeiro encontro conversamos várias vezes.
Ele falava de Jesus, pedia-me para ler certos versículos da Bíblia e depois conversávamos do seu significado. Lembro do primeiro versículo que ele me mostrou: “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreendem” (João 1:5). O versículo me trouxe consolo e paz, e meu deu esperança em relação às trevas que pareciam prevalecer no mundo em que eu vivia.
Quando pedi a Jesus para entrar em minha vida, o Seu Espírito veio habitar em mim, satisfazendo todos os meus desejos e matando a sede que eu sentia. Jesus me deu emoções maiores e uma paz muito mais profunda do que o ecstasy jamais poderia. O efeito das drogas é passageiro, mas Jesus dura para sempre. Estou num barato com Jesus há dois anos e ainda não acabou!
A Família Internacional me ajudou a crescer espiritualmente. Sou eternamente grato à Família e a David Brandt Berg, fundador da organização. Se não fosse pela Família, eu provavelmente estaria morto e talvez nunca viesse a conhecer o meu Salvador, Jesus Cristo. A Família me mostrou o amor de Jesus e a luz que emanava de dentro deles me convenceu que Jesus poderia tocar a minha vida e me mudar. "As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti." (Isaías 60:2)