Quando tinha trinta e poucos anos, passei a época mais difícil de minha vida. Eu vivia um inferno, afundado do mundo do alcoolismo e vícios, levava uma vida egoísta e estava destruindo minha vida, minha carreira e minha família. Parecia que meus pensamentos, ações e palavras se agarravam ao meu corpo e à minha mente de tal forma que eu não conseguia sair desse inferno.
Um dia, em dezembro de 1995, uma garota passou na minha clínica de odontologia e muito educadamente solicitou para falar comigo um pouquinho. Concordei, e ela começou a falar de Deus. Fiquei perplexo: "Como é que uma garota tão bonita está falando comigo de Deus e que Jesus é meu Salvador?" Normalmente quando alguém falava comigo sobre Deus, era uma pessoa mais velha.
Sou naturalmente muito cético, então no começo me perguntava o que ela realmente queria. Conversamos por mais de uma hora. Ela explicou que fazia parte da Família Internacional e o trabalho missionário que realizava. Achei o trabalho interessante, e algo dentro de mim me compeliu a fazer algo para "ajudar os necessitados". Antes de ela ir embora, me guiou em uma simples oração para eu receber Jesus como meu Salvador.
Tempos depois, os missionários da Família solicitaram minha ajuda com meus serviços profissionais, algo com o qual concordei, pois além de eu ter um "bom coração", eu não conseguia lhes dizer não, pois sempre eram muito gentis e amáveis. Então ajudei de coração. Eles sempre me enviavam uma carta de agradecimento e me convidavam para visitar, então um dia finalmente aceitei o convite para jantar.
Embora gostasse de interagir com os missionários, continuei a viver no inferno, me esquecia deles por longos períodos e me desviava muito. Durante uma de minhas recaídas morais e físicas, em meu estado de desespero e desgraça humana, escutei uma pequena voz que dizia: "Existe um solução para tudo. Você se lembra que aquela garota disse que Jesus era seu Salvador?" Naquele momento, uma luz inundou minha mente escura, procurei minha agenda, queria ligar para os missionários, mas descobrir que o número já não existia. Senti meu sangue ferver de tão decepcionado que fiquei; eu até me esqueci que eu tinha o número telefônico dos missionários que moravam em outra cidade.
Entretanto, pouco tempo depois recebi a visita de alguns missionários da Família, eles me encorajaram muito e oraram por mim. Logo depois, procurei a ajuda de um centro de reabilitação. Hoje estou sóbrio física e espiritualmente. Graças a Jesus, agora tenho um bom relacionamento com minha família, me sinto bem e recebo muitas benções de Deus todos os dias.